Império do Brazil
Família Imperial do Brazil
A Casa Imperial
do Brasil ou Família Imperial Brasileira teve sua origem na
família real portuguesa, descendendo diretamente da Casa de Bragança, em
comunhão com as casas de Habsburgo e de Bourbon.
Fundada por D. Pedro de Alcântara de Bragança, até então Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e Príncipe Regente do Brasil, a casa imperial brasileira foi soberana de 1822, quando D. Pedro de Alcântara proclamou a independência do território brasileiro, até 1889, quando da proclamação da república brasileira. Dom Pedro de Alcântara, então, proclamou-se imperador do Brasil, sendo aclamado em todo o território.
Tendo sido organizada dois anos depois da independência a constituição imperial brasileira de 1824 - a primeira carta constitucional do Brasil -, sendo o imperador, segundo a mesma, o chefe de estado e chefe de governo do Império brasileiro, bem como o chefe do Poder Moderador e do Poder Executivo.
Seguindo a tradição das monarquias ibéricas, é considerado membro da família imperial brasileira os parentes mais próximos do imperador do Brasil, desconsiderando-se aqueles que renunciaram a seus direitos dinásticos.
Com a proclamação da república brasileira em 1889, e consequente extinção do Império do Brasil nessa data, foi criado o título de chefe da casa imperial brasileira para o herdeiro aparente ao extinto trono, sendo considerados, de jure, como membros da família imperial do Brasil os parentes mais próximos do chefe da casa imperial, desconsiderando-se aqueles que renunciaram a seus direitos dinásticos
.
Imperadores do
Brasil
Foram
imperadores do Império do Brasil:
D. João
VI de Portugal (1825—1826), de jure
D. Pedro
I do Brasil (1822—1831)
D. Pedro
II do Brasil (1831—1889), tendo sido aclamado apenas em 1840
Foram
imperatrizes do Império do Brasil:
D.
Carlota Joaquina de Bourbon (1825-1826), de jure
D. Maria
Leopoldina de Habsburgo (1822—1826)
D.
Amélia de Leuchtenberg (1829—1831)
D.
Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias (1842—1889)
Orléans-Bragança
Com o
casamento de D. Isabel do Brasil (a herdeira de Dom Pedro II, o último
imperador do Brasil) com Gastão de Orléans, conde d'Eu, em 1864, a Casa
Imperial associa-se à Casa de Orléans, iniciando o atual ramo dinástico do
Brasil, embora este nunca tenha reinado: os Orléans e Bragança (ou Orleães e
Bragança), denominação oficial até hoje da dinastia brasileira. Embora a adoção
deste sobrenome - Orléans e Bragança - não se aplica a outros descendentes da
família que não sejam descendentes directos deste casamento, sendo que os
descendentes dos outros filhos do último imperador - Dom Pedro II -, e dos dois
outros monarcas - Dom Pedro I e Dom João VI -, só detém o sobrenome Bragança ou
este em conjunto com outro nome. Entretanto, alguns dos descendentes já não
ostentam mais o sobrenome por questões de casamento.
Exílio
Com a
proclamação da república brasileira em 15 de novembro de 1889, a família
imperial seguiu para o exílio na França e Áustria-Hungria. Na comitiva que
acompanha a família imperial, estavam André Rebouças, o conde de Carapebus, o
barão de Loreto e sua esposa, Maria Amanda Paranaguá Dória, o visconde de Ouro
Preto e seu filho, o conde Afonso Celso.
No
governo do então presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, Epitácio
Pessoa, em 1921, a família imperial foi autorizada a regressar ao Brasil, sendo
revogada a lei do banimento. A ocasião foi aproveitada para repatriar os restos
mortais do último imperador e de sua consorte.
Disputa Dinástica
Questão dinástica brasileira
Entre os
descendentes do casamento entre D. Isabel e o conde d'Eu, ou seja, os Orléans e
Bragança, existem dois ramos dinásticos que disputam o extinto trono imperial
brasileiro.
Os
descendentes do primogênito do casal, D. Pedro de Alcântara de Orléans e
Bragança, são chamados de ramo de Petrópolis, ao passo que os descendentes de
seu irmão, segundo filho do casal, D. Luís Maria Filipe de Orléans e Bragança,
são chamados de ramo de Vassouras, detentores atuais de jure do título de
príncipe Imperial do Brasil e da chefia da Casa Imperial Brasileira.
O atual
chefe da Casa Imperial é D. Luís Gastão de Orléans e Bragança, e seu irmão, D.
Bertrand Maria de Orléans e Bragança, o atual príncipe Imperial — ambos
oriundos do ramo de Vassouras e bisnetos da princesa Isabel.
Família Imperial
D.
Leopoldina com D. Pedro II ao colo e cercada por D. Maria da Glória, D. Paula
Mariana, D. Francisca Carolina e D. Januária Maria.
D.Teresa
Cristina, D. Antônio, D. Isabel, D. Pedro II, Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e
Bragança, conde d'Eu, D. Luís e D. Pedro, na Casa da Princesa Isabel –
Petrópolis (1888). Foto por Otto Hees.
Primeiro Reinado
À data
da abdicação de Dom Pedro I, em 1831, esta era a composição da família imperial
brasileira:
Sua
Majestade Imperial, D. Pedro I, imperador do Brasil
Sua
Majestade Imperial, D. Amélia, imperatriz do Brasil
Sua
Alteza Imperial, D. Pedro, príncipe imperial do Brasil
Sua
Alteza Imperial, D. Maria, princesa do Grão-Pará
Sua
Alteza, D. Januária, princesa do Brasil
Sua
Alteza, D. Paula Mariana, princesa do Brasil
Sua Alteza,
D. Francisca, princesa do Brasil
Segundo Reinado
À data
da proclamação da república do Brasil, esta era a composição da família
imperial brasileira:
Sua
Majestade Imperial, D. Pedro II, imperador do Brasil
Sua
Majestade Imperial, D. Teresa Cristina, imperatriz do Brasil
Sua
Alteza Imperial, D. Isabel, princesa imperial do Brasil
Sua
Alteza Imperial, D. Pedro de Alcântara, príncipe do Grão-Pará
Sua
Alteza Imperial, D. Gastão de Orléans, príncipe imperial consorte
Sua
Alteza, D. Luís Maria, príncipe do Brasil
Sua
Alteza, D. Antônio Gastão, príncipe do Brasil
Sua
Alteza, Pedro Augusto, príncipe de Saxe-Coburgo-Gota
Sua
Alteza, Augusto Leopoldo, príncipe de Saxe-Coburgo-Gota
Pós-Proclamação da
República brasileira
Atualmente,
de jure, a família imperial é composta pelas seguintes pessoas:
Sua
Alteza Imperial e Real, D. Luís Gastão de Orléans e Bragança, chefe da casa
imperial brasileira
Sua
Alteza Imperial e Real, D. Bertrand Maria José de Orléans e Bragança, príncipe
imperial do Brasil e de Orléans-Bragança
Sua
Alteza, D. Antônio João de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil e de
Orléans-Bragança
Sua
Alteza, D. Rafael Antônio de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil e de
Orléans-Bragança
Sua
Alteza, D. Amélia Maria de Orléans e Bragança, princesa do Brasil e de
Orléans-Bragança
Sua
Alteza, D. Maria Gabriela de Orléans Bragança, princesa do Brasil e de
Orléans-Bragança
Sua
Alteza, D. Isabel Maria Josefa de Orléans e Bragança, princesa do Brasil e de
Orléans-Bragança
Brasões
Brasão da Casa Imperial do Brasil. Originalmente com dezenove estrelas, representando as províncias do Império, passou a ter, já no Segundo Reinado, vinte estrelas.
Brasão
do ramo Orleães-Bragança, usado pelos descendentes de D. Isabel e de D. Gastão.
Brasão
do ramo Saxe-Coburgo-Bragança, usado pelos descendentes de D. Leopoldina e de
D. Luís Augusto.
Chefe da
Casa Imperial Brasileira
Príncipe
Imperial do Brasil
Casa de
Bragança
Príncipe
do Grão-Pará
Príncipe
de Orléans e Bragança
Ramo de
Saxe-Coburgo e Bragança
Linha de
sucessão ao trono brasileiro
Casa de
Orléans
Linha de
sucessão ao trono francês (orleanista)
Questão
dinástica brasileira
Imperatriz
do Brasil
Imperador
do Brasil
Ligações Externas
Site da
Casa Imperial do Brasil (Site administrado por D. Luís Gastão e D. Bertrand
Maria de Orléans e Bragança, respectivamente, de jure, chefe da casa imperial
brasileira e príncipe imperial do Brasil, ambos membros do ramo dinástico de
Vassouras)
Família Imperial
Brasileira
Precursores:
D. João VI de Portugal | D. Carlota Joaquina
1.ª
geração: D. Pedro I | D.Leopoldina de Áustria | D. Amélia de Leuchtenberg
2.ª
geração: D. Pedro II | D. Teresa de Duas Sicílias | D. Januária Maria | D.
Paula Mariana | D. Francisca Carolina
D. Maria
II de Portugal | D. Maria Amélia
3.ª
geração: D. Isabel Leopoldina | D. Luís Gastão d'Eu | D. Afonso Pedro | D.
Leopoldina Teresa | D. Pedro Afonso
4.ª
geração: D. Luísa Vitória | D. Pedro de Alcântara | D. Luís Maria Filipe | D.
Antônio Gastão | D. Pedro Augusto | D. Augusto Leopoldo
5.ª
geração em diante: Ramo de Vassouras | Ramo de Petrópolis | Ramo de
Saxe-Coburgo e Bragança
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